Colegas, convocamos a todos para assembleia geral extraordinária no próximo dia 11.01 (quinta-feira), às 18h, na sede do SindisprevRS.
O encontro, que será de forma híbrida, terá as seguintes pautas:
- Conjuntura
- Informes
- Proposta do governo
- Aumento GEAP
- Dia Nacional dos Aposentados (24/01)
Para acompanhar online é só acessar pelo link e senha, abaixo:
https://bit.ly/Assembleia_ex_11-01
Senha: 648638
Proposta de Acordo do Governo Federal não atende aos anseios da categoria
A proposta de acordo apresentada pelo governo Lula em resposta às reivindicações dos servidores públicos é desrespeitosa com toda a categoria. A proposta, que sugere um aumento de 9%, dividido em duas parcelas de 4,5% para os anos de 2025 e 2026, é insuficiente para compensar as perdas inflacionárias acumuladas ao longo do último período. Para além disso, é uma proposta desalinhada com os índices de reajustes praticados por entidades controladas pelo governo, como a GEAP, que acaba de indicar que irá reajustar os seus planos de saúde complementares para 2024 em 8,1% para a faixa etária de 59+, podendo em alguns casos chegar a 37%. Mesmo com o reajuste da per capta proposto, ainda assim, o aumento da GEAP, para exemplificar, extensivo aos demais planos de saúde, em 2024 corroí o índice apresentado que somente será pago a partir de 2025. Essa postura tem gerado descontentamento, pois não condiz com a realidade financeira enfrentada pelos trabalhadores do serviço público federal que, ano após ano, veem o seu poder aquisitivo se esvair.
A questão torna-se ainda mais perversa ao analisar o índice de 52% proposto para o vale alimentação dos servidores da ativa. A disparidade evidenciada em relação aos aposentados revela uma política etarista, fator que vai contra os princípios de igualdade e justiça preconizados por nossa categoria ao longo de sua história e supostamente defendidos pelo atual governo e sua base de sustentação mais sólida (PT, PSOL, PCdoB etc.).
No contexto das severas dificuldades financeiras enfrentadas pelos servidores públicos federais e considerando a atual conjuntura socioeconômica, é imperativo que o governo reverta a sua posição para efetivamente atender a pauta de reivindicação de servidores repondo as perdas acumuladas, contemplando, sem discriminação, o conjunto da categoria, ativos e aposentados.
Não é secundário, muito antes pelo contrário, que o governo cumpra seus compromissos com os trabalhadores efetivando os acordos de greve firmados, muitos deles pendentes ainda dos mandatos da ex-presidenta Dilma Rousseff, e em particular os que foram conquistados diante do governo de Jair Bolsonaro, como são os casos do INSS e MTE.
Um caso especial que reafirma a falta de cuidado do governo com os servidores públicos é o tratamento dado ao financiamento da saúde complementar. Apesar do índice de reajuste de 51% sobre o valor pago atualmente, reivindicamos uma participação mais expressiva do governo federal, nosso pleito é de participação de 50% no custeio do valor total dos planos de saúde. A atual proposta, ao manter uma maior contribuição por parte dos servidores, não atende às expectativas da categoria, e mantém a dinâmica que está excluindo os servidores, que durante toda vida contribuíram com essas instituições, de acessarem os serviços quando mais precisam, na velhice. Sem resolver o problema estrutural do financiamento esse reajuste é apenas uma maneira de mascarar o descaso do governo.
Em síntese, a proposta de acordo apresentada pelo governo federal está longe de, minimamente, atender as necessidades da categoria, a começar por não prever nenhum reajuste em 2024. Esperamos que o governo reveja sua posição, mas os compromissos estabelecidos pelo governo através do novo arcabouço fiscal, a submissão a Arthur Lira, Pacheco e ao centrão, os sinais de que está sendo preparada uma reforma administrativa com o objetivo de reduzir “custos” não nos permitem ser otimistas. Ao nosso ver é preciso prepara a greve o quanto antes. É necessário que as entidades do funcionalismo, em particular a FENASPS e a CNTSS, que nos representam nacionalmente, rompam com a ideia de que é possível convencer o governo, é preciso que nossos argumentos contem com a força da nossa ação.
Colega, aproveite esse período de verão e férias para boa parte de nós, recarregue as energias e vamos à luta. A força da nossa união será a nossa vitória!