Centrais sindicais e movimentos sociais realizaram na sexta-feira, 22 de março, o Dia Nacional de Luta em Defesa da Previdência, em várias cidades do Brasil. Em Porto Alegre, milhares de pessoas reuniram-se no final da tarde na Esquina Democrática, no Centro Histórico, onde foi possível constatar a união de todas as categorias de trabalhadores em torno do combate à reforma, que praticamente acaba com o direito à aposentadoria.
Entre as principais propostas enviadas pelo governo Bolsonaro ao Congresso Nacional, estão o fim da aposentadoria apenas por tempo de contribuição, as alterações para a aposentadoria especial dos professores e as novas regras para o benefício em valor integral, além de outros pontos relevantes.
Em diversas falas, houve a defesa da construção de uma nova greve geral, a exemplo da que aconteceu em abril de 2017, quando a paralização dos trabalhadores conseguiu barrar a proposta apresentada por Michel Temer.
Também foi consenso a necessidade de ampliar a base de mobilização contra a reforma, indo além dos movimentos sociais e partidários, esclarecendo a população sobre os efeitos prejudiciais que as mudanças na Previdência trarão à grande maioria do povo brasileiro.
Vários manifestantes ressaltaram que, ao contrário do que diz a propaganda oficial do governo federal, a reforma não combate os privilégios. Na verdade, representa um grande retrocesso para a classe trabalhadora, levando à extinção da Previdência Social.
Políticos de diversos partidos de oposição relataram que fecharam questão e votarão em bloco contra a proposta no Congresso Nacional, e conclamaram os presentes a pressionarem seus representantes eleitos para que façam o mesmo.
Para finalizar o protesto, os manifestantes saíram em caminhada pela Avenida Borges de Medeiros até o Largo Zumbi dos Palmares, onde o ato foi encerrado.
