ㅤO 10 de setembro marca o Dia Mundial de Prevenção ao Suicidio e tem como intuito alertar e debater a temática do suicídio que, por diversas vezes, é um assunto negligenciado e tornado tabu, escondendo, dessa forma, os diversos caminhos que podem levar alguém ao ato máximo e final de tentar tirar a sua própria vida. O suicídio, diferente do que muitos podem pensar, é uma questão de saúde pública, pois, ainda que pareça ser um ato individual, é reflexo de um contexto coletivo e social.
ㅤO suícidio é o ato final de um colapso subjetivo, onde não se encontram outras alternativas para lidar com problemas sociais e particulares da ordem da vida. Não se trata de um sinal de fraqueza, como erroneamente acaba sendo associado, mas, sim, sinal de esgotamento emocional, que pode ter origem no trabalho.
Muitas das condições laborais são péssimas para a saúde, dispondo de intensos fluxos de atividades, aumento de jornadas, reduções salariais, receio de desemprego, produtividade, assédio e outros que geram esgotamento físico e psíquico – a esse esgotamento denominamos burnout. O burnout, do inglês literal: “queimar”, é, muitas vezes, uma das manifestações anteriores a tentativas de suicídio, pois cria um aspecto de dissociação do indivíduo e de qualquer outro aspecto de sua vida. Essa dissociação é perigosa, pois desenvolve processos de ansiedade, depressão e, em alguns casos, desesperança – principal elemento a ser identificado.
ㅤNa maior parte das vezes existe o desejo de deixar de sofrer, e não, necessariamente, deixar de viver. Por isso é importante apostar na vida, no diálogo, no fortalecimento dos vínculos e na resistência ao modo de produção capitalista e à sociedade dividida em classes, raiz de nossos males. É preciso estar atento e forte e, também, reconhecer nossos limites para o trato de determinadas questões. Se você está passando por momentos de desesperança com relação ao serviço público e/ou sua condição de vida e de trabalho, entre em contato conosco da SST pelo sst@sindisprevrs.org.br ou pelo 051 98426138.
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