O desmonte do INSS cresceu a passos largos durante a gestão Paulo Guedes no Min. da Economia. A falta de concursos para suprir as vagas nos guichês, passando pelo sucateamento das agências, com a notória falta de manutenção de instalações físicas, ar-condicionado, sistemas instáveis, rede de internet precária em mais de 65% das Agências e parque tecnológico sucateado.
Vale lembrar que o INSS e o governo, além de penalizar a população que depende desse serviço, penaliza os trabalhadores do INSS que estão sofrendo assédio institucional com a imposição de metas abusivas e condições de trabalho injustas, com a transformação da análise e reconhecimento de direitos em uma verdadeira linha de produção, deixando de lado a qualidade em prol da quantidade de processos finalizados.
Os trabalhadores do INSS não são responsáveis pelo colapso e crise da rede de atendimento, em mais um passo nesse sentido o governo Bolsonaro cortou em Jan/2022 R$ 988 milhões do Instituto, ou seja, praticamente a metade do orçamento anual. Não vimos por parte da imprensa a devida denúncia e muito menos dos gerentes regionais, administradores do colapso.
Agora, o desrespeito aos servidores e à população chegou num novo patamar, chegamos ao absurdo da falta de ÁGUA potável para consumo nas agências. O caso mais recente é o que ocorre em APS’s da GEX Uruguaiana. Com o corte do fornecimento de água e após reclamações infrutíferas à Gerência Executiva, os servidores contataram o sindicato.
A partir desse contato, o SINDISPREVRS tem fornecido água para a agência Uruguaiana desde junho de 2022 e para a agência São Gabriel desde janeiro desse ano. No entanto, não é a função do sindicato e dos próprios trabalhadores que o financiam fornecerem ferramentas ou insumos de trabalho que são obrigação do INSS. Deixamos claro para todos que essa foi uma ação emergencial e temporária.
Não queremos e nem devemos substituir o estado brasileiro nas suas obrigações e queremos usar esse espaço para cobrar que o INSS, através da GEX Uruguaiana e Superintendência Regional Sul cumpram com seu papel de fornecer os insumos mínimos para a realização do atendimentos no Instituto.
Com objetivo de cobrar uma atitude da administração sobre a questão da falta de água e outros materiais nas APS’s, no dia 1º de março de 2023 o SINDISPREVRS enviou ofício à Gerência Executiva de Uruguaiana e à Superintendência Sul, informando a denúncia recebida e solicitando reunião para discutir o problema e buscar soluções. Continuaremos acompanhando o caso e cobrando uma solução.
