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INSS: Carlos Lupi alega “má interpretação” sobre declaração polêmica e governo se compromete em instalar mesa de negociação de greve

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Servidores do Seguro Social (INSS), em greve desde o dia 16 de julho, realizaram uma mobilização nesta sexta-feira (02), em frente ao prédio da GEX Canoas, com piquete, vigília e carro de som. O local foi escolhido estrategicamente porque estavam na gerência, em agenda oficial, o Ministro da Previdência, Carlos Lupi, o Presidente Nacional do INSS, Alessandro Stefanutto, além de outros parlamentares.

O objetivo do ato foi chamar atenção da população sobre as contradições da operação do governo federal no INSS, chamada de “Pente-fino”, que é uma revisão sistemática dos benefícios pagos pelo INSS, com o objetivo de identificar irregularidades e fraudes. Essa medida tem causado preocupação entre os beneficiários, pois, embora vise ajustar o orçamento, muitas vezes resulta na suspensão indevida de benefícios vitais para a população vulnerável. Além disso, o protesto foi em forma de desagravo ao Ministro Lupi diante da declaração que ele fez dias atrás quando se referiu “que os servidores do teletrabalho do INSS estão em greve há quatro anos”, dando a entender que esses servidores não trabalham por estarem em trabalho remoto.

Após articulações, o movimento grevista, representado pelo Comando Estadual de Greve do Rio Grande do Sul foi chamado para uma audiência com o Ministro e as outras autoridades presentes, no interior da GEX Canoas. Na reunião, que teve duração de aproximadamente uma hora, os servidores solicitaram ao ministro uma retratação em relação à declaração polêmica. Carlos Lupi negou que havia sido desrespeitoso com os trabalhadores e alegou que foi mal interpretado na sua fala, que ela tinha sido tirada de contexto.

A categoria, também, repudiou a ação judicial feita pelo governo federal para tentar tornar ilegal a greve dos servidores do INSS e como tal atitude fere as liberdades democráticas e o direito à greve. O Ministro, por sua vez, se mostrou surpreso com a medida judicial, inclusive desconhecendo as implicações da mesma, como multas e a determinação de retorno ao trabalho de 85% dos servidores.
Na reunião também foi reforçada a pauta de reivindicações que está em negociação no MGI. Foi enfatizado a importância do cumprimento do Acordo de Greve de 2022, além do ponto central da pauta que é o reconhecimento da Carreira do Seguro Social como Típica de Estado. Os representantes do Comando de Greve solicitaram que se constitua garantias que em uma possível reforma administrativa, a Carreira do Seguro Social não se torne “carreirão”.

Por fim, o tema da conversa foram as Relações de Trabalho e o novo PGD. Os servidores pediram um novo Acordo, para estabelecer mais garantias e diretrizes de como será implementado esse novo PGD. O governo se comprometeu a instalar a mesa de negociação de greve com foco nas relações de trabalho.

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