As principais mazelas sociais que atingem a classe são profundas e, infelizmente, não estamos no caminho de resolvê-las. Vencemos uma importante batalha contra a extrema direita nas urnas em 2022, mas foi por bem pouco. O conservadorismo anti-povo garantiu muitas cadeiras no parlamento e segue infiltrado nos bairros e comunidades, convencendo pessoas. Em meio à fome e marginalização, nosso povo resiste, mas como garantiremos uma saída? Com certeza não será esperando que qualquer governo resolva por nós.
A reconstrução que o Brasil precisa só ocorrerá com o enfrentamento aos ricos e poderosos. Derrotar o agronegócio, para que a agricultura tenha vez e ao povo não falte pão. Promover educação pública, forte e emancipadora, visando acabar com as desigualdades, não aprofundá-las. Amparar e proteger a vida, com o Estado investindo no SUS e na Previdência Social, sem ceder aos interesses da iniciativa privada. E aos trabalhadores, é necessário direitos, pois não se constrói nação democrática e independente com superexploração daqueles que produzem a riqueza.
Dizemos não ao arcabouço fiscal, pois, assim como o Teto dos Gastos, ele visa limitar o orçamento às áreas sociais privilegiando os gastos da dívida pública. Da mesma forma, já deveriam ter sido revogadas Reformas da Previdência e Trabalhista, que só serviram até então para beneficiar a burguesia, que ainda hoje só vê o país e os brasileiros como meio de gerar lucro. Somente quando denunciamos juntos os ataques e ocupamos as ruas com milhares de indignados, assim os governos recuam – ainda que temporariamente. De 2022 para cá, ganhamos tempo para nos reorganizar.
Nosso maior desafio é a união, mas também é nossa maior potência. Viva a luta organizada da classe trabalhadora!