A tarde de 30 de maio, foi marcada pela discussão sobre gênero, raça e sexualidade no SindisprevRS. A palestra “A história que a história não conta” foi promovida pela Secretaria de Gênero e Combate à Discriminação Racial.
As palavras da palestrante Heliana Hemetério trouxeram questões cotidianamente naturalizadas e invisibilizadas. A historiadora falou sobre as opressões que são estruturais no Brasil, e sobre a importância de cada um reconhecer o lugar que ocupa nesta sociedade.
É uma grande tarefa, de acordo com Heliana, a desconstrução e resistência para superarmos os problemas do nosso país, que é dividido em classes, patriarcal, racista, heteronormativo, religiosamente intolerante com religiões de matriz africana e excludente com as pessoas com deficiência.
Trazendo em especial a situação das mulheres negras brasileiras, e o papel que ocupam no mercado de trabalho e na família, a historiadora nos provoca a pensar como cada um atua na reprodução das opressões. “São atitudes cotidianas que perpetuam as opressões. A gente percebe, introjeta e repete. Precisamos parar com essa reprodução”, aponta Heliana.
O primeiro palestrante a contribuir com a discussão foi o estudante de história da UFRGS e militante do Coletivo Alicerce, Douglas Lopes. Ele falou sobre a história da construção negra no RS.
Heliana e Douglas denunciaram o “grande pacote” que está sendo imposto pelos governos e elites. Esse pacote destrói vidas, e vem no sentido de negar o acesso de determinados grupos aos direitos básicos e à dignidade. Para o povo que luta historicamente, a resistência segue sendo necessária.