Os servidores municipais, federais e terceirizados que trabalham com o Sistema Único de Saúde em hospitais e postos públicos de Porto Alegre definiram um plano de mobilizações para obter do governo municipal condições de trabalho, melhorias nos salários, garantias sobre a carga horária semanal de 30 horas e sobre a não privatização do SUS com o projeto que cria o Instituto Municipal de Estratégia da Saúde da Família (Imesf).
Em reunião na sede do Sindisprev-RS, nesta terça-feira, ficou estabelecido um calendário de atividades para os meses de janeiro e fevereiro. Inicialmente, os trabalhadores da saúde vão percorrer postos e hospitais esclarecendo dúvidas dos servidores acerca de direitos para os quais o prefeito José Fortunati fecha os olhos. Na pauta, destaca-se gratificação de, pelo menos, R$ 500,00 aos funcionários ativos e inativos, atingindo o mesmo valor concedido em outubro para a classe médica que trabalha para a Secretaria Municipal da Saúde. “Mesmo que esse valor seja insignificante, tem de ser concedido para as outras categorias”, disse Dinara Del Rio, diretora do Sindisprev-RS. A categoria exige, ainda, o cumprimento da carga horária semanal de 30 horas. Além disso, defende a retirada do projeto que cria uma fundação pública de direito privado para gerir o Programa Saúde da Família.
No dia 08 de fevereiro, a Comissão dos Trabalhadores do SUS volta a se reunir para decidir o caminho da mobilização, que pode ser o da greve, caso o prefeito não abra canais democráticos de diálogo, entendimento e respeito ao funcionalismo público.